Entrevias monitora as estradas e consegue identificar mais rápido as queimadas; total de incêndios em agosto em Ribeirão Preto superou os meses de maio, junho e julho
Sertãozinho, 14 de setembro de 2020. A quantidade de queimadas às margens das rodovias administradas pela Entrevias em Ribeirão Preto e região (SP-330, SP-322, SP-328 e SP-351) aumentou em 20,45% de 1º de maio a 31 de agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2019. Os casos saltaram de 176 para 212. O aumento é ainda mais expressivo no comparativo dos meses de agosto. Em 2020, a Concessionária contabilizou 113 casos de queimadas, contra 47 em agosto passado, um aumento de 140% segundo a apuração dos registros que chegam ao Centro de Controle Operacional (CCO), setor que intensifica o monitoramento das estradas durante a Operação Corta Fogo.
O período de julho a setembro é considerado crítico devido às condições climáticas da época, de estiagem prolongada e baixa umidade do ar, que favorecem a combustão e propagação das chamas na vegetação que margeia as rodovias. Contudo, este ano, os estragos foram exponencialmente maiores devido à estiagem em Ribeirão, que desde junho não registra chuva considerável, e com o agosto mais seco dos últimos cinco anos, de acordo com dados apurados.
Em agosto, a cidade registrou apenas 2,1 milímetros de chuva. Índice bastante inferior aos anos anteriores, cujas médias para o mês foram de 15 mm em 2019, 28,7 mm em 2018, 15,5 mm em 2017, 35,8 mm em 2016 e, em 2015, 3,3 milímetros.
Na região de Ribeirão Preto, os incêndios ocorreram com mais frequência na SP-322 (Anel Viário Sul e Rodovia Attílio Balbo), entre Ribeirão e Sertãozinho, no entroncamento da SP-322 com a SP-328 (Rodovia Alexandre Balbo) e na SP-330 (Rodovia Anhanguera) entre Jardinópolis e Sales Oliveira. Desde junho, a Concessionária participa da Operação Corta Fogo, iniciativa sazonal que segue até o fim de setembro, coordenada pela Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo). O objetivo é combater incêndios e garantir a segurança viária de usuários de rodovia, já que em muitos casos a fumaça invade a pista e pode prejudicar a visibilidade.
Para auxiliar na redução e enfrentamento de queimadas na área de domínio, a Concessionária intensifica o monitoramento de pontos já conhecidos como de maior incidência através de 200 câmeras instaladas ao longo dos 299 quilômetros de rodovias que opera na região. Com um sistema inteligente de detecção automática de incidentes, o circuito de câmeras da empresa permite o acompanhamento em tempo real das estradas, 24 horas por dia, e acusa na tela do monitor do operador situações atípicas que precisam de checagem, como início de fogo. Ao constatar o princípio de incêndio, a empresa aciona os recursos necessários neste tipo de chamada: caminhão-pipa e viatura de inspeção de tráfego para garantir a segurança na malha viária e, se necessário, interdita a rodovia.
“O fogo, além de ser um problema ambiental que atinge a flora e, em alguns casos, a fauna, também representa risco à segurança dos motoristas. Por isso, a principal orientação continua sendo evitar colocar fogo e descartar lixo e bituca de cigarro às margens da rodovia, no mato seco. E, no caso de avistar um princípio de fogo, acionar imediatamente a concessionária”, orienta o gerente de Operações da Entrevias, Jorge Baracho.
Além das providências operacionais, rotineiramente equipes do setor de Conservação roçam as áreas que margeiam as rodovias, dentro da faixa de domínio, e removem a massa verde e resíduos que poderiam favorecer a propagação do fogo. “Outro fator que ajuda a evitar incêndios é a campanha de aceiro que fizemos dentro da faixa de domínio da concessionária durante o ano, que consiste em deixar uma camada de solo exposta – sem vegetação – nas áreas limítrofes sob concessão da Entrevias. Essa técnica dificulta a passagem do fogo entre as vegetações”, completa Bruno Marin, gerente de Conservação.
O engenheiro florestal da Estação Ecológica de Assis (IF), Antônio Carlos Galvão de Melo – região que a Concessionária também tem rodovias concedidas, explica que na maioria dos casos o fator humano e a ocupação de solo dificultam o controle das queimadas, principalmente nos meses críticos de seca. “O fogo pode começar de muitas maneiras: com uma bituca de cigarro jogada às margens da rodovia, às vezes mesmo em uma operação agrícola com algum maquinário que emita calor, o que em condição de ar e palha secos pode ser um gatilho. A disponibilidade de material para queimar também influencia”, diz Melo. Ele explica também que o fator climático é determinante, já que, com ar mais úmido, a propagação e intensidade do fogo é menor.
Sobre a Entrevias Concessionária de Rodovias – A Entrevias Concessionária de Rodovias é responsável pela operação, manutenção e modernização do lote Rodovias do Centro-Oeste Paulista, com um total de 570 quilômetros de vias no eixo entre Florínea, na divisa com o Paraná, e Igarapava, na divisa com Minas Gerais. O contrato de concessão assinado com o governo do Estado de São Paulo – Artesp é a agência fiscalizadora – prevê investimentos de R$ 3,9 bilhões na restauração de rodovias, ampliação da malha viária e implantação de tecnologias e inovações que contribuem para prestação de serviços de alta qualidade aos usuários. Visite o site da empresa: www.entrevias.com.br. Em caso de emergência nas rodovias ligue para 0800-3000-333.