Trabalho de pesquisa do Projeto Preguiça de Coleira foi adaptado para manter suas atividades mesmo durante a pandemia
Novidades no Projeto Preguiça de Coleira: nasceram quatro filhotes entre os animais monitorados pela iniciativa. Durante o trabalho de acompanhamento, os especialistas avistaram as fêmeas carregando a nova prole. Integrante da equipe que realiza o trabalho de controle das preguiças, a bióloga Beatriz Felipe Rosa explica que o feito está sendo muito celebrado, uma vez que o bicho-preguiça é uma das espécies mais ameaçadas de extinção na fauna brasileira. Ela explica que a gestação desses animais dura seis meses e, por vez, nasce apenas um filhote. Até os dez meses, eles seguem agarrados às mamães, para em seguida começarem a explorar o mundo sozinhos. A fase adulta é atingida aos três anos de idade e, até lá, as fêmeas são responsáveis por cuidar das novas preguicinhas.
“O estudo do comportamento desse animal só é possível graças ao empenho e dedicação de uma equipe multidisciplinar e apaixonada pela natureza. Mesmo em meio à pandemia, todos têm buscado maneiras de continuar o trabalho de pesquisa, sempre seguindo as recomendações das autoridades. E os novos bebês, sem dúvida, fortalecem ainda mais a disposição e o empenho pela preservação”, conta a bióloga.
Criado para acompanhar o comportamento da preguiça na região da Reserva Sapiranga, o Projeto Preguiça de Coleira teve início em novembro de 2019 numa parceria entre o Instituto Tamanduá e a Concessionária Litoral Norte (CLN), uma empresa do grupo Invepar. Ao todo, nove indivíduos da espécie preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus) são acompanhados. Os especialistas registram todas as informações pertinentes de cada um, inclusive as árvores em que foram localizados a fim de obter informações sobre a dieta alimentar. O acompanhamento é realizado presencialmente e via satélite, graças à utilização de rádios transmissores acoplados aos animais.
Os dispositivos geram dados sobre localização geográfica e permitem reunir informações sobre suas rotinas, hábitos e comportamentos. Os resultados obtidos vão guiar a criação de um plano de ação para a conservação da espécie. O trabalho inclui também análise laboratorial das amostras coletadas junto aos animais e ações de sensibilização para a preservação junto à comunidade.
O Projeto Preguiça de Coleira conta com um grupo virtual para permitir a rápida troca de informações e a interlocução com os moradores das comunidades do entorno.
Sobre a CLN
A Concessionária Litoral Norte (CLN), uma empresa Invepar Rodovias, administra a rodovia BA-099, que compreende a Estrada do Coco (a partir do km 7,7) e a Linha Verde, conectando Lauro de Freitas até a divisa dos estados da Bahia e de Sergipe, com extensão total de 217km, entre 183km de rodovias e 35km de vias de acesso. A concessionária presta serviço para o Governo da Bahia e é fiscalizada e regulamentada pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia. Atualmente, a empresa gera cerca de 400 empregos diretos e indiretos e já repassou mais de R$ 26 milhões em impostos para os municípios da região.