Cobrança de tarifa de pedágio sem praças de pedágio começou a funcionar este ano no país
A forma de pagamento inteligente Free Flow já está em funcionamento no Brasil, e a tendência é de expansão nos próximos anos. Neste modelo, as praças de pedágio para realizar o pagamento da tarifa são substituídas por pórticos com sensores e câmeras inteligentes, responsáveis por identificar os veículos e emitir a cobrança de maneira eletrônica para os usuários.
A primeira rodovia a implementar o Free Flow no Brasil foi a BR-101, administrada pela CCR RioSP, em janeiro deste ano. Depois de um período de testes, os veículos passaram a pagar a tarifa de pedágio da rodovia de forma eletrônica e automática. Na Europa, Ásia, Austrália e Estados Unidos o sistema já substituiu quase por completo o pagamento manual.
Entenda a seguir por que o Free Flow promete revolucionar a maneira como se viaja no Brasil.
Agilidade
O Free Flow traz mais fluidez, pois a cobrança da tarifa é feita por meio de leitura de tag ou da placa do veículo em movimento, sem barreiras físicas. Assim que o carro passa pelo pórtico, o equipamento faz a leitura, o sistema calcula a tarifa e emite uma cobrança automática via tag ou que pode ser paga em até 15 dias para quem não tem. Veja como funciona o sistema no link: https://freeflow.ccrriosp.com.br/.
Desconto
Com o modelo de cobrança automática, uma das possibilidades é a oferta de condições especiais, como para os usuários frequentes. Na CCR RioSP, por exemplo, o usuário frequente que possui a tag tem desconto de 5% na tarifa. Além disso, o pagamento é proporcional à quilometragem trafegada – as câmeras e sensores inteligentes fazem um cálculo para identificar a quantidade total de quilômetros percorridos para gerar a fatura. Isso traz uma comodidade aos usuários, já que conforme o trajeto percorrido diminui, o valor final também cai.
Sustentabilidade
Uma pesquisa divulgada pela Abepam (Associação Brasileira das Empresas de Pagamento Automático para Mobilidade) durante o Rodovias do Futuro, evento promovido pela ABCR ANTT e Artesp para discutir inovações para o setor de concessão de rodovias, mostrou que, durante um ano, o free flow é capaz de gerar uma redução de emissão de 100 mil toneladas de CO2 na atmosfera. A apresentação completa do estudo está disponível no link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=JA2uZaW1IAg.
Implantação no Brasil
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o objetivo é que todos os contratos de concessão adotem o modelo a médio prazo. Envolvidos no setor estudam a possibilidade de exigir das concessionárias a implantação do Free Flow até o quinto ano de concessão do contrato. O Ministro dos Transportes, Renan Filho, busca investidores para apostar no free flow em solo brasileiro.
Próximos estados
Nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo alguns projetos estão avançados e prevêem o início do sistema já no começo do ano que vem. O governo do estado do RS anunciou a implantação do sistema em seis trechos do contrato de concessão firmado recentemente na Serra e Vale do Caí. Já em São Paulo, a implantação deve iniciar com os novos leilões de concessões no estado, que estão previstos para o Litoral norte e em breve e para as rodovias Raposo Tavares e Castello Branco.