São Paulo, 10 de junho de 2011 – O índice ABCR de atividade referente a maio caiu 1,4% em comparação com o mês anterior, considerando os dados dessazonalizados. O índice que mede o fluxo de veículos nas estradas pedagiadas é produzido pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada. “Neste mês, leves e pesados mostraram comportamentos bastante diferentes. O que está relacionado à base de comparação alta, no caso da queda dos leves, e ao desempenho do setor agrícola, para os pesados”, diz Juan Jensen, economista da Tendências, responsável pelo Índice ABCR.
O fluxo de veículos leves recuou 3,5% em relação a abril, em termos dessazonalizados. A retração pode apontar a queda da renda e, certamente, vem de uma base de comparação muito elevada, pois, em abril, houve o feriado prolongado de Tiradentes e Páscoa. “O desempenho dos leves pode refletir o impacto da inflação, comendo a renda dos consumidores”, afirma Jensen. Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda real caiu 1,8% em abril contra março. “O fluxo de veículos acaba sendo bastante sensível a variações de renda. As pessoas não deixam de comer, mas podem adiar uma viagem”, explica.
Já o fluxo de pesados cresceu 1,3% nessa mesma base de comparação. “É importante ressaltar que o bom resultado de maio está influenciado pelo Paraná, que está mais ligado à atividade agrícola e não à industrial”, aponta o economista. O escoamento de soja, milho e algodão e o movimento de espera dos agricultores pelo melhor preço da safra pode ter contribuído para as altas expressivas de pesados observadas no Paraná e no Rio Grande do Sul. Em contraponto, em São Paulo e no Rio de Janeiro, estados com características de maior atividade industrial, o resultado foi estável.
Em relação ao mesmo período de 2010, o índice total apresentou elevação de 6,0%. O fluxo de veículos pesados cresceu 7,7% e o de leves apresentou alta de 5,5%.
Nos últimos doze meses (acumulado de junho de 2010 a maio de 2011 sobre junho de 2009 a maio de 2010), o fluxo total teve expansão de 8,8%. Considerando essa mesma base de comparação, o fluxo de leves cresceu 8,5% e o de pesados, 9,9%.
Período |
LEVES |
PESADOS |
TOTAL |
Maio/11 sobre Maio/10 |
5,5% |
7,7% |
6,0% |
Maio/11 sobre Abril/11 c/ ajuste sazonal |
-3,5% |
1,3% |
-1,4% |
Últimos doze meses |
8,5% |
9,9% |
8,8% |
Fonte: ABCR e Tendências
Fluxos regionais
A abertura dos dados dos índices regionais do movimento de veículos leves e pesados nas rodovias concedidas, segundo Juan Jensen, vem em linha com o padrão nacional, com exceção dos pesados no Paraná. “A queda expressiva dos leves atingiu todos os estados. Paraná e Rio Grande do Sul, com forte atuação agrícola, mostraram alta nos pesados, e São Paulo e Rio de Janeiro, estados onde a indústria tem maios peso, vieram com resultados mais mornos”, afirma Juan Jensen, economista da Tendências.
São Paulo
Em São Paulo, as rodovias administradas pela iniciativa privada registraram, no fluxo total de veículos, queda de 1,0% em maio em relação a abril, considerando os ajustes sazonais. O movimento de veículos leves recuou 3,2% e o de pesados subiu 1,6% neste período.
Quando comparado maio de 2011 a maio de 2010, o índice geral teve acréscimo de 6,5%. O movimento dos veículos leves cresceu 6,6% e dos pesados 6,3%.
Nos últimos doze meses (acumulado de junho de 2010 a maio de 2011 sobre junho de 2009 a maio de 2010), o indicador da ABCR cresceu 12,0%. O fluxo de leves subiu 11,4% e pesados 13,7%.
Período |
LEVES |
PESADOS |
TOTAL |
|
Maio/11 sobre Maio/10 |
6,6% |
6,3% |
6,5% |
|
Maio/11 sobre Abril/11 c/ ajuste sazonal |
-3,2% |
1,6% |
-1,0% |
|
Últimos doze meses |
11,4% |
13,7% |
7,2% |
4,5% |
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